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Música - Tema da Novela

Música de Ivonete (Geralmente namorando com Pedro)

Música de Ivonete (geralmente namorando com Thomás)

sábado, 12 de julho de 2008

"É esquisito ficar com sutiã adesivo", diz Juliana Silveira


Nem de longe Juliana Silveira lembra a romântica Floribella, personagem que interpretou no infantil homônimo da Band. Com o cabelo louro curtíssimo e repicado, camuflando os expressivos olhos verdes, a atriz está mais lasciva do que nunca. Também pudera. Em 10 anos de carreira na TV, finalmente a paulista de 28 anos interpreta sua primeira protagonista no horário nobre.
Em Chamas da Vida, na Record, Juliana vive a inquieta Carolina, uma documentarista irreverente que não tem papas na língua e parece soltar faíscas em instigantes cenas sensuais.
A "mocinha às avessas" da trama de Cristianne Fridman é noiva de Tomás (Bruno Ferrari), mas logo se envolve com Pedro (Leonardo Brício). O romance conturbado entre a mocinha, que mora na Urca, zona Sul carioca, e o corajoso bombeiro do Tinguá, região da Baixada Fluminense, começa quando eles se apaixonam no momento em que Pedro a salva de um incêndio criminoso numa fábrica de sorvetes da família de Carolina.
A empresa destruída é de Walter (Antônio Grassi), pai de Carolina e um dos suspeitos do crime.
"Ela tem uma personalidade muito mais forte que a minha e é bem mais corajosa. Mas temos a mesma garra com a vida. O mais interessante tem sido deixar de lado meu lado menininha", provoca Juliana, que é noiva de Roger Gobeth, que vive o Guilherme na mesma trama.
Confira entrevista com Juliana Silveira:
A Carolina é uma mocinha atípica, que é noiva e se envolve com outro homem e vai para a cama com um cara comprometido. E, além disso, é brigona e não tem papas na língua. Como foi a composição desse comportamento tão diferente do que se espera de uma mocinha, que quase a aproxima da vilania?
Foi difícil dosar no início. Ela tem uma personalidade forte, toma posições e reações que você realmente não espera de uma mocinha. É muito prazeroso porque eu me surpreendo lendo os textos. Sempre falo: 'não acredito que ela vai dizer isso! E ela diz!'. Ela não tem um comportamento convencional de mocinhas. Bate de frente mesmo. Fala umas coisas para a vilã, a Ivonete (Amandha Lee), que seria um texto que a mocinha não diria tempos atrás. Como em uma cena que a Ivonete pergunta para ela: 'você dormiu com meu homem?'. E ela responde: 'dormi. E foi gostoso!'. E elas caem no pau. Termina um capítulo assim. Ela tem uma personalidade muitíssimo forte. Tem pessoas que devem torcer pela Ivonete, a vilã, e não devem querer a felicidade da Carolina. Vamos ver se vão gostar dela ou não.
Você teme que ela não seja bem aceita?
No início dá um certo medo do que vai acontecer. Estamos no começo da novela. Mas tenho a sorte de ter cara de boa moça. Antes de começarmos a gravar, concordei com a direção de que ela teria cabelo curto, o que não se vê em mocinhas. Só agora a Mariana Ximenes apareceu assim para a Laura, em A Favorita. Aí relaxei. Eu havia cortado bem antes, em fevereiro. Mas achei que tinha a ver com ela, que não faz aquele tipo princesinha, sabe? Não é nada convencional.
Além de não ser convencional, este é seu primeiro papel realmente adulto, com cenas de sexo. Há três anos você estava no ar com uma personagem infantil, a Floribella. Logo em seguida, a Globo chamou você para fazer uma prostituta em Paraíso Tropical. Era necessário um tempo para tirar a imagem de "menininha" até chegar nas cenas de sexo?
Sem dúvida. Agora a Carolina vai bombar nas cenas de sexo. Hoje gravei uma cena que, quando acabou, olhei para a cara do Leonardo (Brício) e falei: 'meu Deus Léo, o que aconteceu?'. São cenas quentíssimas de sexo na cachoeira, no quarto dele, em vários lugares. Eu nunca fiz nada parecido com essa personagem. Estou aprendendo a fazer nu e agora é para valer. Na verdade, eu cresci e vou aparecer em muitos nus na novela. Isso me deu muita tensão e nervoso no início. É esquisito ficar no estúdio com sutiã adesivo. Mas depois eu relaxo e parece que estou com roupa. Ameniza o fato de não ser do tipo mulherão. Sou toda pequenininha, peito pequeno...
Essa personagem incentiva você a finalmente posar nua?
Não. Já tive vários convites, mas não tem a ver comigo. Não sei se vou continuar negando os convites durante anos, mas agora não é o momento.
Esse seu biotipo "mignon" permite que a personagem também seja meio moleca em algumas cenas. Ela roda a cidade de bicicleta, tem uma produtora, o figurino é esportivo. Que recursos você teve para se ambientar nesse universo?
Ela é documentarista e tem uma câmara de HD, que aprendi a mexer. Fiz quatro dias inteiros de laboratório. Fiquei "internada" na Record para aprender a manusear uma câmara profissional. E também fiz aulas de composição para aprender a enxergar as coisas como ela, que é muito observadora. Eu sou o contrário dessa personagem: muito ligada, faço 15 coisas ao mesmo tempo, não tenho essa consciência de focar numa coisa de cada vez. A Carolina trabalha com edição, com fotografia, é um processo mais introspectivo, pausado, calmo. Aprendi um outro jeito de ver o mundo que, definitivamente, não é o meu. Não somos parecidas nisso. A composição corporal é importante para quem faz TV direto, que tem muitos closes. Preciso de manutenção, senão enferrujo.
Você precisou de um preparo físico especial pelo fato dela ser esportista e praticar modalidades radicais?
Tomei muito chá de camomila para descer de rapel (risos) e faço exercícios respiratórios antes de gravar essas cenas para me acalmar e não entrar em pânico. Chego em casa e pago o preço: a coluna dói. Mas vale à pena. Consigo ultrapassar fácil alguns limites que pensava que eram enormes.
Quais?
Como descer de rapel mesmo. Antes eu quase preferia morrer. Tenho pavor de altura. Fiz essas seqüências no estúdio e foi um sofrimento. Mesmo no estúdio, pendurada, não é uma situação confortável. Também comprei uma bicicleta. Andei muito de "bike" no início das gravações porque ela defende a bicicleta como meio de transporte. Mas tive de parar de malhar por falta de tempo. Já fiz seqüências da Carolina que dou garrafada na cabeça de um cara, luto com outro, saio correndo. Isso não tem nada a ver comigo. Ela é barraqueira, vai para cima. Tem esse comportamento porque, apesar de rica, veio de baixo, morava lá no Tinguá. Apesar de ser moderninha, adora um escândalo, se embola no chão, vai para cima de homem, mulher, qualquer pessoa. É uma maluca.
Ou seja, o oposto do perfil de todas as suas personagens até agora. Quase todos seus outros papéis foram mocinhas certinhas e angelicais. Com essa personagem você inicia uma fase de personagens mais heterogêneos na TV. Foi uma escolha sua?
Estava na hora de mudar, de mostrar que virei uma mulher. Já estou com 28 anos. Tudo bem que, apesar da idade, ainda pareço fisicamente com uma menina de 20, 25 anos. Só agora estou conseguindo ter uma personagem mais próxima da minha realidade, com menos cara e jeito de mocinha. Mas nunca tive pressa para fazer uma protagonista de novela das oito porque tive aquela cara de neném até os 20 e poucos anos. Tinha realmente de ficar fazendo Malhação e Floribella. Isso aconteceu porque não tive pressa de queimar etapas. Profissionalmente sei esperar, apesar de não ser muito paciente.
Este ano você completa 10 anos de carreira na TV desde sua estréia em Pecado Capital com uma personagem pequena, a prostituta Dagmar. Em seguida, você virou musa adolescente em Malhação e ídolo infantil com Floribella. Você parece planejar sua carreira a longo prazo. O que vem depois da novela?
Vou continuar investindo na minha carreira como atriz. Não vou ser cantora e muito menos apresentadora infantil, como muitos dizem. Estudo e pretendo montar um musical, talvez um infantil, onde eu possa cantar, dançar e atuar. Mas meu contrato com a Record vai até 2011. Tenho de me permitir diversas experiências como profissional. Quero novos universos.
Terra

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