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quinta-feira, 3 de julho de 2008

Cristianne Fridman, autora de Chamas da Vida, conversa com o NaTelinha



“Quero dar o maior ibope que a Record jamais teve!”


É impossível não falar da audácia da Record. Internamente, a ordem com Chamas da Vida é pegar fogo e incendiar, literalmente, a concorrência desde o primeiro capítulo. Para Cristianne Fridman, Chamas da Vida foi feita unicamente com o objetivo de dar o maior recorde de audiência de sempre da emissora até porque “quanto mais alto se sonha, mais perto se chega de um excelente resultado”.


O desejo de colocar no ar uma trama que fosse alto astral e a necessidade de enfatizar o excelente trabalho da corporação do Corpo dos Bombeiros deram origem a Chamas da Vida. O resto foi vindo por acréscimo. Esse processo de concepção da trama foi surgindo de forma natural, pelo que Cristianne Fridman assume agora total controle da produção ao não dividir com ninguém a responsabilidade pela condução da trama. “Dois autores não contam da mesma forma uma mesma história. Por mais que exista a parceria há momentos em que você tem que negociar, ceder aqui e ali”, afirma Cristianne Fridman.


A adequação da sinopse da novela a um novo horário permitiu à autora tratar certos temas com maior profundidade. “A questão das raves, dos rachas e das drogas sintéticas surgiu porque tenho um núcleo de uma gangue em um ferro-velho”, salienta Cristianne. A estes temas polêmicos, que prometem agitar cada vez mais o concorrido horário das 22h, se juntam ainda à transmissão de algumas mensagens ambientais e sociais, nomeadamente, a inclusão de mais ciclovias em todo o país e também a necessidade de preservar as várias reservas florestais brasileiras da ação de pessoas sem escrúpulos. “Gostaria de mostrar outras ambientações tão charmosas e bonitas como as praias”, conclui a autora.


Depois da entrevista que o NaTelinha realizou no ano passado com Cristianne Fridman, a respeito de Bicho do Mato, a roteirista aceitou novo pedido do site e falou com Bruno Cardoso sobre sua mais recente produção. Confira, a partir de agora, o resultado desse trabalho.


Depois de você ter conduzido suas tramas sempre tendo em conta outros autores com quem você tem trabalhado, nomeadamente em Bicho do Mato, é mais difícil você desenvolver todo esse processo sozinha, agora em Chamas da Vida? É uma responsabilidade maior?


Cristianne Fridman: É, sem dúvida, uma responsabilidade maior, mas não quer dizer que seja mais difícil. Dois autores não contam da mesma forma uma mesma história. Por mais que exista a parceria há momentos em que você tem que negociar, ceder aqui e ali... Estando sozinha, as decisões, corretas ou não, são minhas. Isto é bom. Por outro lado é gostoso ter alguém para o bate-bola, um co-autor para dividir a responsabilidade e o trabalho pesado! Como tudo na vida há um lado positivo e outro não. E, também, não posso deixar de citar os meus colaboradores: Camilo Pellegrini, Paula Richard, Nélio Abbade e Renata Dias Gomes, que são grandes parceiros neste projeto. Compartilhar do talento deles tem sido uma experiência maravilhosa e, por isso, não me sinto assim tão sozinha neste processo.


Chamas da Vida acaba por ser a sua consagração como roteirista de novelas, já que você a desenvolve totalmente sozinha?


CF: É um passo muito importante na minha carreira e estou confiante em atingir um belíssimo resultado com Chamas da Vida. O que considero como um belíssimo resultado é que as pessoas envolvidas neste trabalho sintam a mesma alegria e prazer que eu e meus colaboradores sentimos ao escrever a novela. E que os telespectadores se emocionem, se divirtam com Chamas. Aí, sim, será minha consagração como autora titular de uma novela.


De onde surgiu o desejo de explorar o universo de temas tão complexos, e mesmo inéditos, como os incêndios e a entidade dos bombeiros? De que modo isso será articulado com a questão das drogas sintéticas e com os rachas?


CF: Queria muito pensar uma história que fosse alto astral, positiva! Por isso acabou vindo a idéia de dar ao protagonista a profissão de bombeiro. A Corporação do Corpo de Bombeiros é uma das poucas instituições que funcionam e tem alto índice de aprovação entre os brasileiros. Gosto, também, de escrever cenas de ação e na novela, elas estão permeadas pelo romantismo. Já a questão das raves, dos rachas e das drogas sintéticas surgiu porque tenho um núcleo de uma gangue em um ferro-velho. Estes jovens participam de rachas de carros e raves. As drogas sintéticas estão presentes neste universo. Natural que eu aborde este assunto. Não gosto que o tema se imponha ao personagem. Acho didático, oportunista, mas se tenho uma ambientação em que as drogas, por exemplo, fazem parte dela - como no caso destes jovens do ferro-velho - não perco de jeito nenhum a oportunidade de trazer esta discussão.


É a direção da própria Record que aconselha seus autores a incluir seqüências de ação e suspense para conquistar boa audiência ou você considera que isso, atualmente, é indispensável para uma boa novela?


CF: O ritmo narrativo das novelas se acelerou nos últimos tempos. Talvez seja o resultado deste dia-a-dia tão corrido, da internet, dos games, mas não acho que uma novela para ser atraente tenha que, necessariamente, ser uma novela de ação e suspense. O que vale, sempre, é a forma de contar uma boa história! Às vezes, se tem a forma e não se tem a boa história ou vice-versa. Gosto de cenas de ação. A sua pergunta me remeteu a imagem daquela cena do Tom Cruise com a atriz – esqueci o nome dela -, em Velocidade Máxima Dois, em que ele a salva quando o carro está pendurado no abismo e eles ficam coladinhos, quase se beijando. Este tipo de ação, eu amo! Velocidade e romantismo!


Como será conduzida, especificamente, a relação de Carolina e de Pedro depois do incêndio criminoso que vai marcar o início da sua trama? Além do Tomás, namorado da Carolina, quem mais se vai opor à relação deles e por quê?


CF: O pai da Carolina e o irmão do Pedro serão suspeitos deste incêndio criminoso e isto afetará o relacionamento do casal. Além disto, o Tomás quer vingar a morte do pai dele. Por isso tem que se casar com Carolina e tomar as empresas do Walter (pai de Carolina). E temos, também, a Ivonete, namorada de Pedro, que não aceita perder o homem para Carolina. Tomás e Ivonete não lutam pelo amor deles, Carolina e Pedro. Tomás luta pela vingança nesta tentativa de casar com Carolina. Ivonete luta pelo orgulho ferido de mulher por ter perdido Pedro para Carolina.


Você pretende passar algum tipo de mensagem social ou ambiental com a decisão de dar ênfase à bicicleta como meio de transporte da protagonista?


CF: Carolina é uma mocinha despojada, independente, antenada com o mundo. Ela usa bicicleta para ir da sua casa na Urca para sua produtora no centro da cidade. A bicicleta é uma opção de transporte que ajuda a não poluir o meio ambiente, além de trazer outras vantagens: reduz os engarrafamentos; é bom para a saúde de quem as usa... Precisamos de mais ciclovias em todo o país. Ciclovias pensadas como meio de transporte e não somente lazer.


Que importância terá Tinguá e outros paraísos paradísiacos na sua história?


CF: Tinguá possui uma Reserva Florestal que, como outras áreas ambientais de nosso país, sofre a ação de pessoas inescrupulosas. A Polícia Federal tem combatido com afinco a ação dos caçadores dentro da Reserva de Tinguá. Caça é crime tão violento quanto um assalto ou um homicídio!
Chamas, além de Tinguá é ambientada na Urca, Flamengo e Centro da Cidade. Estamos mais acostumados a ver as praias nas novelas que se passam no Rio de Janeiro. Gostaria de mostrar outras ambientações tão charmosas e bonitas como as praias.


Você concorda que atores, como Lucinha Lins, Jussara Freire, que atuaram anteriormente em Vidas Opostas, devem, na sua atual produção, viver um papel o mais possível diferente do anterior?


CF: Pensamos – eu, o Edgard, a emissora, o departamento de elenco -, em escalar atores e atrizes cujos perfis se adequassem aos personagens. Não tivemos a preocupação em fazer com que atores, que por ventura tenham participado de outras novelas, viessem a desempenhar um papel oposto em Chamas. Estou muito feliz com o nosso elenco e agradeço a eles pelo carinho com que têm cuidado dos meus filhotes!


Cristianne, você ficou incomodada com a desistência de Marcelo Serrado para o cargo de protagonista de sua novela?


CF: O Serrado tinha aceito o papel e por questões alheias a novela teve que declinar. Qualquer autor sentiria a desistência de um ator da categoria do Serrado. Por outro lado, o banco da Record não conta somente com um grande talento. Estou realizada e felicíssima com a parceria do Leonardo Bricio! É um ator maravilhoso e, pelo que já vi das cenas gravadas, o Leonardo me emociona, me alegra demais ao ser o meu Pedro!


Existe algum tipo de pressão ou de cobrança por parte da Record para subir ou manter os bons índices de audiência na faixa das 22h?


CF: Por enquanto não sofri nenhuma pressão quanto ao ibope e espero não sofrer! Quero ser feliz com esta novela e, óbvio, um bom resultado no ibope também vai contar para trazer esta felicidade. Quanto mais alto se sonha, quanto mais alta é a meta se atingir, mais perto se chega de um excelente resultado. Ninguém joga numa megasena esperando fazer uma quadra. Ninguém entra em campo esperando ser vice-campeão. Ninguém entra na avenida para não ser consagrado. E eu não sou diferente diante do meu sonho. Quero dar o maior ibope que a Record jamais teve!


Você teve de alterar alguma coisa na sinopse, ou pôde pegar mais pesado em determinados aspetos, com a mudança de sua novela para as 22h da noite?


CF: A minha sinopse não foi pensada para este horário. Minha sorte é que privilegio os personagens. Adoro sentir meu personagem como um ser de carne, sangue correndo nas veias, gente! E, desta forma, pude trabalhar aspectos mais densos destes seres. Houve, sim, uma adequação da sinopse ao novo horário.


Qual o principal diferencial da sua trama relativamente às outras produções da Record nesse horário?


CF: Cada novela é única e isto, por si só, já é um diferencial de uma para outra. Ainda mais com autores diferentes.


Quantos capítulos estão previstos para a sua trama e quantos já estão sendo gravados e escritos?


CF:
A trama deverá ter duzentos e tantos capítulos! Já entreguei 35 capítulos para a produção e, se não me engano, vamos estrear com 17 finalizados, o que é uma excelente frente de gravação.


Como está sendo sua rotina de trabalho agora em tempo de escrita da novela e como está fluindo o trabalho com seus colaboradores?


CF: Por enquanto a rotina está tranquila. Quando a novela entra no ar é que vira um "Deus nos acuda”! Não é fácil escrever um capítulo por dia todos os dias da semana, feriados, com o sol chamando para a praia... Já falei acima do meu trabalho com os colaboradores. São pessoas muito talentosas e parceiras! Já tinha trabalhado com o Camilo Pellegrini no Bicho do Mato e, em Chamas, ele está sendo o que chamamos "o meu segundo". Meu braço direito e, com certeza, um futuro cabeça de novela! A Paula Richard foi um presente! Trabalhou com o Marcílio em Vidas e agradeço de joelhos por ele a ter me indicado! Escreve muitíssimo bem! Renata honra o sobrenome [Renata Dias Gomes, neta de Dias Gomes e Janete Clair]. Tem novela na veia! Faz sempre excelentes observações, é entusiasmada e envolvida! Instiga! Nélio Abbade, outra grata surpresa! Trabalhou com o Lombardi e amo os "pitacos" dele. É uma equipe de sonhos!


Como está sendo a sua dobradinha com o Edgard Miranda que dirige agora a sua novela depois de ter dirigido, também com igual sucesso, Vidas Opostas?


CF: O Edgard tem sido um grande parceiro! Me sinto gratificada pelo respeito que ele tem com o texto da novela, com a entrega, o carinho, o extremo cuidado com que realiza as cenas. Nossa parceria funciona muito bem porque ambos gostamos de um ritmo acelerado! É como fogo e pólvora. Cada hora, um é o fogo e outro é a pólvora. E desta explosão tem nascido cenas de muita alegria, emoção e ação.

Você tem receio de perder da novela Pantanal, do SBT? Acredita que exista essa possibilidade?


CF:
Tenho medo de barata, assalto e mais umas poucas coisas. Confio na qualidade do meu trabalho e não penso na possibilidade de perder audiência. Como disse antes: ninguém entra em campo para perder. É meu sonho que começa a se realizar. E no meu sonho sou plenamente feliz!


Para terminar, como você definiria a sua trama para os internautas do site?


CF: É uma novela em que temos as diversas chamas da vida. As chamas da paixão, do amor, do riso, do drama, da ação... Elas vão incendiar o Brasil! Assistam à novela e aqueçam o riso, o coração e a adrenalina!





Na Telinha

4 comentários:

Flávio Augusto! disse...

A sua novela está nota dez, parabéns pelo sucesso de Chamas da Vida!

Tassy disse...

A novela estava ótma até matar o Antonio, por favor coloque o Antonio novamente na trama nao deixe a Beatriz sozinha, eles eram o casal mais fofo da novela, ele com aquele jeito maluco conquistou o coração dela, como em novela pode tudo, faça com ele não tenha morrido e com ajuda do delegado, ele finge ter morrido para ajudar o delegato Fausto a prender a Wilma, o incendiário misterioso e o Chavier, seria um golpe de mestre. Com essa atitude ele encheria o Pedro de orgulho, coitado ele já sofreu demais.
Pense nisso, faça os fãs de Chama da Vida felize.

Amorzinho disse...

Parabens pelo sucesso de Chamas da Vida, pena que matou Antonio, ele não merecia este desfecho, o nosso querido muleque solto, coloque ele novamente na trama.
Sem ele a novela fica sem sentido, como matar um personagem tão importante na novela?
Concordo com a Tassy, também sou fã de Chamas da vida e adorava ver o Antonio e a belissima beatriz.

Jean Gomes disse...

Vc conseguiu meu amor!